África do Sul

Fui à África alguns anos atrás com a Maria, um amiguinho dela e o Victor Fasano, que era meu namorado. Visitamos a reserva de Etosha, na fronteira com Angola, onde ficamos por uma semana. Saimos de lá encantados, mas sentindo falta de alguns confortos que faltavam. Esperávamos por um avião bacana para ir até a capital. Não rolou e embarcamos num autêntico teco-teco. O avião era tão pequeno que teve que parar para abastecer no meio do deserto, num lugar de nome impossível, Swakopmund. Não sei pra que tanta letra no nome em um lugar onde só havia uma bomba de combustível e areia, areia, areia. Chegamos à capital. Agora sim, tudo ia melhorar - esperávamos no mínimo um boeing para levar-nos à África do Sul. Mas para nossa desilusão o avião era ainda menor. Oito lugares e o Victor não cabia na cadeira. Sobrevoando o deserto de Kalahari, na Botsuana, pegamos uma turbulência que eu não conseguiria descrever se tentasse. Já pensou, morrer de bobeira em Botsuana... Enquanto o Victor rezava para todos os santos africanos, as crianças, doce inocência, brincavam como se nada estivesse acontecendo, naquele sacolejo de fazer rever a vida.
Na África do Sul, fui com Victor andar de balão. Saímos às quatro da manhã para ver o sol surgir mais de pertinho. Era a luz mais linda de todas as luzes. E embaixo leões, gnus, hipopótamos, elefantes, girafas...